As instituições de pesquisa, especialmente as universidades federais, estão se movimentando para criar seus núcleos de inovação tecnológica, conforme previsto na Lei de Inovação, e acelerar o desenvolvimento de projetos que tenham aproveitamento na indústria.
“Percebe-se um movimento muito forte para criação de núcleos de inovação ou adequação dos núcleos que eram mais voltados para a propriedade intelectualâ€, diz Nizete Lacerda Araújo, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), entidade que presta assessoria aos institutos.
No Nordeste, está em criação a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica entre as universidades federais da Bahia, ParaÃba e Ceará, informa Marcelo Sobral, da UFPB. O projeto é financiado pelo CNPq e tem apoio do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para capacitação de recursos humanos. “Estamos correndo para implantar a cultura da inovaçãoâ€, afirma Marcelo Sobral.
Na UFPB, o núcleo de inovação vai ficar dentro da estrutura da pró-reitoria de pós-gradução e pesquisa, o que o tornará permanente. De acordo com Marcelo Sobral, a idéia é ter uma postura mais agressiva, a partir de 2007, na formação de parcerias com empresas privadas para captar recursos para pesquisa e desenvolvimento.
O núcleo vai mapear as necessidades das indústrias e as oportunidades de captação de recursos. Para Nizete Lacerda, os núcleos de inovação tecnológica vão estimular o desenvolvimento de pesquisas inovadoras, com potencial de aproveitamento industrial. “O grande mérito da Lei de Inovação é chamar a atenção para o conhecimento que tem aplicação industrialâ€, afirma ela. Tanto que, segundo ela, alguns Estados, como Minas Gerais e São Paulo, estão criando seus próprios programas de inovação, com a concessão de incentivos estaduais acrescidos aos federais.